quinta-feira, 4 de junho de 2009

Te conto umas

Encontro de Formaçao dos mediadores de Cultura
Facilitador: grupo Te Conto Umas
Dia 1º de junho de 2009

Os facilitadores, Alexandra e Luciano, iniciaram sua apresentação falando do tempo em que a RUA era um ambiente propício à experiência de brincar; que através dos brinquedos a criança coloca para fora seus medos e preconceitos, citando como exemplo as cantigas “Boi da cara preta” e “Eu sou pobre, pobre, pobre...”.

"Na infância, muitas crianças sofrem de bullying e o brinquedo ajuda a criança a trabalhar de forma espontânea, as suas dificuldades."

Os facilitadores organizaram os estagiários em roda e realizaram alguns exercícios:

1 – aquecimento
Entrem em contato com sua respiração, pois “quem respira bem, vive bem!” e, quem respira mal vive mal (ditado chinês).

Descubram o diafragma. Encham os pulmões de ar e contem de 1 ate 8 antes de expirar, levemente, como quem sopra dentro de uma garrafa. Espreguicem, levantem os braços e as mãos, de forma que se encontrem acima da cabeça. Coloquem-se na ponta dos pés...., palmas juntas enquanto respiram devagar.

2 – procedimento
Cantiga do “Pai Francisco entrou na roda...”

Esta cantiga popular expressa o preconceito com o homem que dança, que “requebra”, cujo delegado vem prender. Ou ainda do homem “bêbado”, onde a ordem é “ser preso”.

A cantiga “Rosa Amarela” fala de um lugar onde se pode expressar o amor. A música “Pé dentro, pé fora” muitas vezes é transformada numa brincadeira que fala dos órgãos sexuais masculinos e inibe as crianças.

Alguns estagiários lembraram passagens históricas em que escravos não podiam andar juntos e, estrategicamente, levavam um santo e saiam dançando atrás. A herança deste tempo é a máxima jurídica: “... mais de três já é formação de quadrilha”.

A noção do brinquedo libera as memórias ancestrais para as crianças que não sabem que tem preconceitos. O brinquedo atual está vinculado a uma vivência individual, mercadológica e ao consumo. No brinquedo do passado identifica-se uma noção mais coletiva, onde não existe a noção de mercadoria, permitindo maior criatividade.

As crianças também discriminam, reproduzem os comportamentos aprendidos com seu grupo familiar. O mediador de um grupo de crianças precisa estar atento às “ditaduras” do grupo infantil. A criança muitas vezes está numa fase CRUA, de onde se deriva a palavra CRUEL. Não que a criança seja má, mas a sua experiência de vida a coloca num lugar de crua.

Alguns mediadores sugeriram que o mediador, para evitar a ditadura do grupo, conte as crianças de 1 a 7 ou pule de três em três, tipo pique, e/ou separe o grupo que conversa.

Os facilitadores convidaram o grupo para cantar e encenar a cantiga “Pai Francisco”.

Pai Francisco entrou na roda
Tocando o seu violãoBi–rim-bão bão bão, Bi–rim-bão bão bão!

Vem de lá Seu Delegado
E Pai Franciso foi pra prisão

Como ele vem todo requebrado
Parece um boneco desengonçado


A outra cantiga foi “Linda rosa juvenil”.

A linda rosa juvenil, juvenil, juvenil
a linda rosa juvenil, juvenil

Vivia alegre em seu lar, em seu lar, em seu lar
vivia alegre em seu lar, em seu lar

E um dia veio uma bruxa má, muito má, muito má
um dia veio uma bruxa má, muito má

Que adormeceu a rosa assim, bem assim, bem assim
que adormeceu a rosa assim, bem assim

E o tempo passou a correr, a correr, a correr
e o tempo passou a correr, a correr

E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor
e o mato cresceu ao redor, ao redor

E um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei
e um dia veio um belo rei, belo rei

Que despertou a rosa assim, bem assim, bem assim
que despertou a rosa assim, bem assim

Batemos palmas para o rei, para o rei, para o rei
batemos palmas para o rei, para o rei


Esta cantiga traz muitas possibilidades de canto e encenação, criação de vestimentas, mudança de personagens em cada ato da história cantada etc.

A terceira cantiga foi “Eu sou pobre, pobre, pobre...”. Todos brincamos e propomos que na parte de apresentar os ofícios, poderíamos apresentar as profissões existentes na escola ou aquelas dos pais das crianças. Tentar sair do esquema mãe pobre e mãe rica e entrar num sistema mais diverso e participativo. Também perguntar às crianças se elas aceitam a “profissão” proposta.
A outra brincadeira foi “Meus pintinhos venham cá...”.

Meus pintinhos venham cá
Tenho medo da raposa

A raposa já morreu
É mentira da senhora
Querem pão? Não!
Querem goiabada? Não!
Querem Queijo? Não!
Querem milho? Sim!


Nesse momento foi sugerido, aos mediadores, que incluíssem na brincadeira uma fabula de Monteiro Lobato, que fala do ratinho, do galo e do gato, ou seja, brincar de jogo e teatro. Assim, utilizando-se dos ‘combinatórios’, apropriar-se de práticas diferentes e combiná-las.

A sugestão foi de uma criança ser a raposa, quatro serem os pintinhos e outra ser a galinha, lembrando que, um brinquedo pode preparar para outros brinquedos: uma raposa que vira pinto ou um pinto que vira raposa, dependendo das situações e/ou da quantidade de crianças.

Depois que brincassem de “meus pintinhos...”, os mediadores encenariam a “história da ratazana e dos ratinhos”. Na cena, o galo, o gato, os ratinhos etc.

No final, os facilitadores falaram sobre o prazer de brincar como sendo a principal força propulsora para a realização de um trabalho, especialmente com crianças.

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Contatos
Alexandra – 25098075
www.tecontoumas.com
xanda@
tecontoumas.com
tecontoumas@tecontoumas.com
lucianopozino@tecontoumas.com
tecontoumas@gmail.com
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Dicionário: Bullying, é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

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fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying

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